Pequenas atitudes do pastor
“Pequenas coisas são importantes, e se não forem tratadas corretamente, podem se tornar nas grandes coisas que enfeiam nossas pregações”. Preciso deixar bem claro inicialmente, que este artigo não pretende estabelecer normas fixas ou rituais inflexíveis, mas tem como objetivo ajudar o pastor a dirigir-se ao seu auditório como obreiro aprovado que não tem do que se envergonhar. Acredito que todos desejam cumprir o chamado de Deus de maneira eficiente, com discernimento e sabedoria. O pastor deve ter todo o cuidado para se apresentar bem diante da igreja do Senhor.
Dentre estes cuidados destaco aqui sua maneira de falar que não deve ser com voz alta demais, para não irritar os ouvidos mais sensíveis, e nem baixa demais, para não ser monótono e ninguém perder ou deixar de compreender o que está dizendo. Muito cuidado com a equalização do som da igreja que deve chegar em todos os espaços do auditório, mas de forma suave e agradável. Há uma tendência dos músicos e dos cantores em colocar seus instrumentos e microfones muito altos, abafando completamente a voz da igreja louvando ao Senhor. O pastor também deve saber usar o microfone, nunca o use muito próximo dos seus lábios, a distancia recomendada pelos engenheiros é de (3cm) no mínimo, menos do que isso prejudica a qualidade e distorce a voz. Outra coisa muito importante, o uso do tom de sua voz de forma adequada para cada cerimônia ou evento que realiza:
1) Pregação evangelística em praça pública ou ginásio coberto: nestes casos o som deve ser alto o suficiente para que todos ouçam bem, até mesmo aqueles que estão um pouco mais afastados.
2) Casamentos, aniversários: o som deve ser ameno, a voz firme mais suave. No casamento especificamente, alguns pastores cometem um grave erro de, ao invés de se dirigir aos noivos como um pai se dirige a um filho com conselhos e orientações, com suavidade, mansidão, pregam como se estivessem num culto público com toda energia, e as pessoas ficam se entreolhando e se perguntando o que é isso mesmo, é um casamento ou um culto evangelístico? Use a sua voz da melhor maneira que puder com leveza e alegria, leve sempre um esboço, é melhor ler quase tudo do esboço próprio para o casamento do que ficar divagando de um lado para o outro sem objetivo e a cerimônia se tornar uma coisa chata, sem graça.
3) Funeral: essa cerimônia exige muito cuidado. O contexto, nesse caso, é de tristeza, há muita sensibilidade especialmente nos familiares da pessoa que morreu. Nas conversas o pastor deve tomar cuidado para não dar risadas, mesmo que alguém conte alguma coisa engraçada. Na hora da palavra o pastor deve escolher sempre um texto bíblico de consolação e esperança. A Bíblia diz que devemos chorar com os que choram, imagine um pastor num culto fúnebre, dando gargalhadas e na hora da palavra ficar contando histórias engraçadas para as pessoas rirem, isso é ridículo.
No amor de Cristo, Pr. Manoel Joaquim Filho






